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domingo, 22 de julho de 2007

Uma leitura a cada ponto

Essa semana, descobri que posso saber de tudo que acontece no mundo sem comprar um jornal se quer. Basta eu continuar indo de ônibus para o trabalho. Como assim? Horas, veja bem:
Primeira viagem é a caminho da Brigadeiro Luiz Antônio. Em pé ao lado de um rapaz descobri que a população de pandas aumentou na China, um bom zoológico dizia a manchete. Conforme vou me aproximando da primeira parada me dirijo para a parte de trás do ônibus. Encosto próximo ao moço de camiseta do Brasil. Acabo por descobrir que foram quatro gols da Ucrânia e não dois como pensei ter sido. Puxo o cordão, desço e vamos pra próxima viagem a caminho da Marechal Floriano. A trajeto é curto, mas mesmo assim descobri que era São Tomé que teve de ver pra crer, como ele eu tive de ler pra acreditar que Snape havia matado Dumbledore deixado Harry sem seu mestre. Reta final, que mais tenho pra descobrir, no meu caminho?
Decoração, violetas em algum lugar, moda, homens disso, mulheres daquilo, o grande anjo virá. Não, não, ali! Uma poltrona vazia. Vou sentado e ainda descubro as 10 maneiras de pedir um aumento.
Nessa viagem, de todas as informações, uma teve maior relevância dentre todas. As pessoas estão lendo mais, o brasileiro em geral está procurando ocupar seu tempo ocioso com a leitura. O que antes era um costume observado apenas nas classes mais elevadas, hoje posso até arriscar que eles lêem menos que nós. Mas, espera! Nas cidades pequenas não se pegam tantos ônibus, muito menos se perde tanto tempo no trânsito como nos grandes centros. Será que o grande responsável por promover a leitura em nosso país é o engarrafamento?
Puxo a cordinha, desço aqui, e deixo pra vocês meu bilhete único.

Um comentário:

mari gomes disse...

hahahahahahhahahaahhahahahahahahahahahahahah...incrível! Esse eu adorei! Chorei d rir e, caso sua pergunta ñ seja apenas um recurso retórico, lá vai minha resposta:

Ñ sei! rs Só sei q tb ando d busão e leio nele, qdo num me dá ânsia d vômito :(

Beijos!